Você já parou para pensar quem é a mãe Joana? E qual é a cor
do burro que vive fugindo por aí? É elogio ou ofensa dizer que a pessoa é
cuspido e escarrado? E sabe, eu tenho boca, mas nunca fui à Roma...
Esses ditados populares nos perseguem desde a infância, não
é? Você provavelmente já se perguntou a origem deles ou o que de fato,
significam. Nesse post colocarei alguns ditados famosos que você conhece, porém
não entende. Vamos lá:
1- Cor de burro quando foge: Qual é a cor? Desde
criança me perguntei isso, mas o correto não é a cor do pobre burro e sim: – Corro de burro quando foge.
Agora tem sentido! Você já viu a fúria de um
burro quando foge? É desesperador, realmente tem que sair da frente!
2- “Você é a cara do seu pai, cuspido e escarrado.”
Que elogio, hein!? Mas na verdade, o termo está completamente errado. O correto
é: Esculpido em carrara. Carrara é um mármore que ficou famoso na Roma antiga
quando foi usado como matéria prima na obra do Panteão, uma construção romana
que servia como um templo para todos os Deuses e se consagrou na escultura David, de Michelangelo.
3- Quem tem boca vai a Roma. Essa é tradicional... Você prontamente
corrigiu: “Quem tem boca vaia Roma.”. Concordo, mas você sabia que existem duas
teorias? Alguns dizem que o correto é VAIA, do verbo VAIAR. A Explicação é que
na época do Império, a população vaiava o Imperador. Outros dizem que o correto
é VAI A, ou seja, quem tem boca chega em qualquer lugar. Pasquale Cipro Neto é
um defensor ferrenho da segunda opção. Disse: “Sabe como é esse provérbio
em italiano? Lá vai: “Chi há (la) língua arriva a Roma” (“Quem tem [a] língua
chega a Roma”)”. Veja o texto
na íntegra. Diante disso, cabe ao leitor decidir qual o correto.
4- Se tudo que fazemos de errado, podemos fazer na
casa da mãe Joana, imagina como é a casa dessa mulher?!?! Nesse ditado, não há
nada errado. Realmente é a casa da mãe Joana! A pergunta que levantamos é: Quem
é essa digníssima dama?
Joana foi rainha de Nápolis e condessa de
Provença. Dona da cidade de Avignon que, antes de, supostamente, conspirar para
matar seu marido, regulamentou os bordeis da cidade. As prostitutas gostavam
tanto dela que a chamavam de mãe. Com o tempo, os bordeis passaram a ser
chamados de “o paço da mãe”. O ditado viajou de Portugal para o Brasil, onde o termo
“paço” logo foi substituído por “casa”. Eis então a origem desse ditado.
A título de curiosidade, Joana I foi
assassinada por seu sobrinho e herdeiro em 1382.
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Informações extraídas do livro: “A casa da mãe
Joana – Curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas” de Reinaldo
Pimenta, Campus Editora.
Pois é galera, agora sabemos que devemos correr do burro caso ele fuja e que nunca poderemos visitar a casa da mãe Joana. =( Até a próxima!!
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